O governo federal continua metendo o pé pelas mãos.
Invariavelmente culpa os outros pelas suas dificuldades e erros, não admite nem como exercício para estimular a participação dos brasileiros. Vem de ideias prontas.
Vira e mexe nos impõe a tal reforma política, que ninguém sabe bem o que é, vem de planos anti corrupção e lança grupos de trabalho, comitês para todos os gostos, mas arregaçar as mangas e descer do salto, ainda não.
Todos os brasileiros estamos pagando mais caro pela energia elétrica e combustíveis, não pelas contingência do mercado mas pelas decisões política erradas, mas que serviram de propaganda e a releição.
O governo tem 39 ministros, milhares de assessores, mas consegue produzir pérolas administrativas, como usina eólica pronta sem a fiação para interligar as redes, estrada de ferro que chega ao litoral sem porto, faz a Petrobrás perder dinheiro quando mais produz, subsidia setores que não necessitam, financia movimentos sociais para ameaçar a sociedade e depois vender suas soluções.
Ao fim de tudo culpa os outros, tudo é uma grande conspiração internacional cujos objetivos é tomar conta dos nossos recursos naturais e nos dominar. Os únicos defensores da liberdade brasileira, são nossos atuais governantes e por isso vítimas de campanha sórdida bem paga dos meios de comunicação. Justifica-se aí a necessidade de controlar esses meios, para que só precisem falar a verdade oficial, ou seja, a versão do governo brasileiro.
Idéias do Canossa - um viva à inteligência e a diversidade
terça-feira, 17 de março de 2015
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
MAIS MÉDICOS
É claro, ninguém pode ser contra incremento de profissionais em áreas carentes destes profissionais.
O problema do "Mais Médicos", está no forma como se faz a contratação e na defesa ideológica da ideia.
Invariavelmente os defensores, desqualificam os que não defendem a ideia, com argumentos tais como: Elites, corporativistas, oposição reacionária como se estivéssemos numa luta constante entre o bem e o mal.
Essa comparação entre direita (sempre má) e esquerda (sempre boa) simplifica demais a discussão.
Como comparar a vinda de médicos cubanos com a ida de empregados de empreiteiras para obras no exterior? Os empregados das empreiteiras não obedecem as leis dos países onde trabalharão? Terão sua liberdade vigiada, ficarão impedidos de ir e vir, pelas leis brasileiras e não pelas do país onde estão? Serão impedidos, se assim desejarem e as suas custas, levar seus familiares? E as obras não serão avaliadas por organismos internos dos países?
Então as coisas são diferentes e incomparáveis.
Mais, estamos tratando de saúde pública, se a importação fosse de professores para as escolas públicas, a gritaria não seria a mesma?
Precisamos sim de médicos, mas o fato de o governo patrocinar a ideia não significa que ela seja correta, deveria, mas não é.
O governo com essas medidas sacramenta um modo de governar não desejável.
Não planeja, não implanta políticas de governo sólidas e que possam resistir aos sucessivos governos, próprios da democracia.
Essa forma de governar improvisada, sempre na emergência, calculada apenas para a próxima eleição, não defende os direitos de quem dizem defender, defende os seus quinhões e seu poder.
As discussões intermináveis não estão no campo técnico, mas no campo ideológico, campo onde as pessoas se recusam a pensar, seguem cartilhas preestabelecidas e geralmente distorcem os fatos para caber nas intenções.
Nada se fala na infraestrutura que falta, nos problemas de gestão e inexistência de regras claras, nos planos de saúde que exploram o mercado as seu bel prazer.
Politizando a discussão, não chegaremos a bom termo.
Idealizando as opiniões também não.
Como está sendo implementado, o projeto, parece fruto de um plano maquiavélico, gestado em algum porão, que só esperava uma condição favorável e ou criada para ser implementado.
Os manifestos das ruas exigiram medidas "emergenciais", ou a ocasião especial para sacar da gaveta mais um plano de poder.
A nova forma de governar é a que os fins justificam os meios, ou nas palavras da D. Dilma, nas eleições se faz o diabo para ganhá-las.
Esse comportamento não combina com democracia, com desenvolvimento, mas combina com ditaduras e atraso.
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
MANEIRA ESTRANHA DE GOVERNAR
A Dona
Dilma deve andar mal assessorada. Não é possível.
Atrasa-se na recepção do Papa
Francisco, postergando o cerimonial e fazendo o avião da Alitalia, dar voltas.
Não foi o bastante, teve o discurso de
recepção parecendo um palanque eleitoral tecendo loas às realizações do seu
partido no governo.
Na despedida, além do convite recusado
de um presidente de país vizinho, aparece ao lado de um líder sul americano,
procurado pela Interpol.
Anuncia medidas para resolver os
problemas do país e logo em seguida volta atrás, como no caso dos cursos de
medicina aumentados em dois anos e anulados depois, anúncio da importação de
médicos e postergada depois, a portaria que reduziria a idade para tratamento
de mudança de sexo, anulada depois.
Isso tudo em uma semana.
Disse também que Lula não vai voltar à
presidência porque nunca saiu.
Nada errado em se consultar os mais
experientes para construir uma solução para os problemas, não esquecendo que o
responsável é quem tem a caneta.
O governo não pode ser um lugar para
amadores, nem acho que quem governe, quem quer que seja, tenha a condição de
saber tudo.
Para isso existem assessores, que se
bem escolhidos e prioritariamente o fossem por competência, alinhariam os discursos
com a legalidade, bom senso e evitariam tantos tropeços.
A fama de gerente competente, está
cada vez mais distante.
Está mais para uma gerentona
autoritária, mal humorada e arrogante.
Qualquer gestor, público ou privado,
que se cerca de bajuladores e não dos mais competentes, compromete o
desempenho.
Anunciar intenções funciona num
momento inicial, mas sem algo palpável, o ânimo inicial passa ao descrédito.
Atender as expectativas de 200 milhões
de brasileiros não deve ser coisa fácil.
Fazer proselitismo, sectarismo e
adaptar os discursos a cada plateia sem uma coerência, uma linha mestra
seguramente é o caminho para desagradar a todos.
Se mudanças são necessárias, é
consenso, se o sistema é presidencialista, com três poderes independentes e
ampla maioria no congresso , porque governar com medidas provisórias?
Assuntos espinhosos devem ser
discutidos até que os avanços possíveis sejam incorporados e passaremos a uma
nova fase, é o rito da democracia, nem sempre na velocidade desejável, mas
sempre avançando o possível.
Discordar ou querer de outra forma
usando formas legais e previstas, deve ser incentivado.
A diversidade permite a criatividade e
soluções coerentes, coisa rara nas autocracias que fazem tudo, sabem tudo.
Também não ajuda a governar a
necessidade de nestes 10 anos de PT, não reconhecer que a situação brasileira
atual é fruto de incontáveis erros e acertos de governos anteriores, somados
resultam nos tempos atuais.
Mais fácil seria partir de onde
paramos e galgar os avanços possíveis, que sempre iniciar novos caminhos,
porque os governos anteriores não eram correligionários.
As experiências anteriores somadas aos
conhecimentos e necessidades atuais, devem embasar as decisões. A necessidade
de minimizar feitos anteriores e exagerar feitos atuais, talvez não tenha
grande influência em partidas de futebol, mas nas gestões são devastadoras.
A GRANDE ENGANAÇÃO
Nunca antes
na história deste país... (parafraseando o ex ou não presidente da república),
um governante teve tanta maioria no congresso nacional.
Portanto, todas as reformas desejadas
e necessárias poderiam ser propostas pelo executivo, e com as devidas
discussões, adaptariam o país às necessidades atuais.
Isso não ocorre.
Cabeças coroadas vivem às trombadas.
Engolimos medidas provisórias sem
urgência, solapando as discussões necessárias do congresso.
A nova forma de governar é anunciar
planos, com pompa e discursos arrogantes, reescrever a história, tecer loas as
promessas de realizações, quase sempre perfumarias.
Irrita-me a necessidade de comparação
com FHC.
FHC teve falhas e acertos, entretanto
invariavelmente o PT deseja reescrever a história desfazendo os atos
governamentais de FHC, sempre buscando uma acusação, um porém, uma informação
que volta de vez em quando com “novos documentos”, com novas descobertas.
Pergunto-me, se existiram tantos
erros, corrupção, desvios, caixa dois e o que quer que seja, porque voltam em
ondas? Porque não voltam com os devidos processos administrativos, judiciais ou
o que couber?
Sempre voltam por notícias nebulosas
da imprensa/internet em informativos ligados ao governo federal, por anúncios
de empresas públicas ou visivelmente vinculados por afinidades ideológicas ou
partidárias.
Quase nada tem origem nos órgãos
competentes que existem com o fim de fiscalizar os atos referidos.
Retorna à divulgação a tal lista de
Furnas, que vai e vem, como coringa, num jogo de cartas, guardada com laudos de
veracidade e repassadas com tons de novidade.
Mais espantoso é o caso da acusação de
formação de cartel nas obras do metrô de São Paulo, acusação genérica, que
tramita no CADE, órgão visivelmente aparelhado, (em segredo de justiça, o
acusado não sabe sequer do que o acusam, portanto não consegue se defender) e
que vem a baila, justamente num momento de crise de credibilidade no governo do
PT às vésperas de uma eleição decisiva.
Mais do que isso, embora a empresa
vencedora das licitações negue, comenta-se que ela tenha divulgado a tal
formação de cartel para poder se beneficiar da delação premiada.
Pode ser tudo verdade e, portanto
punam-se os culpados.
O modus operandi é que é questionável.
Não é possível imaginar que um país,
um município ou um estado possa ser reconstruído a cada troca de governo.
Lógico seria pensar que o sucessor aproveite os casos de sucesso e ajustasse
ações adaptando-as às necessidades e informações atuais.
Isso foi o que Lula fez no primeiro
governo pós-FHC e foi reeleito.
Portanto, eu desconfio de quem tem
gasta mais tempo para apontar erros dos outros que concretizar as próprias
realizações.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
OS VALES QUALQUER COISA
Está sendo criado o vale cultura.
A desculpa desta vez, é que aos brasileiros falta dinheiro para consumir cultura.
Se fosse tão simples, estaria resolvido.
(Como todos sabemos, nossa cultura é sucesso no mundo todo, com inúmeros expoentes mundiais reconhecidos, filmes premiados, músicas famosas e cantadas pelo mundo todo nos Brazilians Days, aliás concorridíssimos.
Nossos "fazedores de cultura" ficaram muito caros, pois a procura internacional pelas suas exibições e obras, inviabilizou os contratos em reais, agora somente fazem contratos em euros.)
Muitas causas podem ser citadas para o relativo pouco espaço, que a cultura ocupa na nossa economia, uma delas é o preço. Entretanto nem a mais preponderante é, visto que muitos eventos são sucessos de público, apesar dos preços nada baratos.
Nossos filmes, nosso teatro, nossos museus, nossos livros, dentre outras manifestações culturais, excluindo as raras excessões são insucessos por:
- Dois em cada três brasileiros não entende o que lê;
- Os museus (em Salvador por exemplo) abrem das 9 as 17 durante a semana e a maioria não abre aos domingos, o zoológico abre;
- Os filmes nacionais em sua maioria são básicos, sem inovações, distantes de valores e da nossa realidade, pouco atraentes;
- Nossos "fazedores de cultura" tem aversão ao risco do negócio, não investem seus recursos, preferem os subsídios e não precisam de "clientes" para remunerar seu trabalho;
- Nossos músicos, raramente fazem shows em praças públicas;
- A pirataria de obras está em toda a parte, por preços atraentes;
Apesar de tudo isso, o cidadão que sair de casa para presenciar um evento, será atenazado por flanelinhas, assaltos e péssimos serviços.
O maior problema da nossa cultura, é ela não precisar das próprias pernas para andar, ela não precisa se pagar.
Faço um filme, escrevo um livro, monto uma peça de teatro, um show e capto recursos que os "investidores" abatem dos impostos, para o viabilizar.
Grande parte dos nossos artistas se dizem "esquerdistas", "socialistas", "progressistas" exceto, "capitalistas".
As obras são pagas antes de serem aprovadas pelo público com sucesso de público ou não.
Como se ter lucro ao se fazer arte fosse pecaminoso, condenável.
O vale cultura é uma dessas idéias que podem ser classificadas como esmola com o dinheiro dos outros, não resolve o problema, mas faz propaganda e ganha uns votinhos.
Acho que se extinguíssemos todos os apoios oficiais, haveria um certo baque inicial, mas posteriormente um consequente aumento de qualidade graças as inovações que serão apresentadas e aprovadas pelo público.
O vale cultura será devidamente desviado de suas funções idealizadas pelos nossos fazedores de cultura, como todas as benesses criadas para atender necessidades que não sabíamos que existiam.
A desculpa desta vez, é que aos brasileiros falta dinheiro para consumir cultura.
Se fosse tão simples, estaria resolvido.
(Como todos sabemos, nossa cultura é sucesso no mundo todo, com inúmeros expoentes mundiais reconhecidos, filmes premiados, músicas famosas e cantadas pelo mundo todo nos Brazilians Days, aliás concorridíssimos.
Nossos "fazedores de cultura" ficaram muito caros, pois a procura internacional pelas suas exibições e obras, inviabilizou os contratos em reais, agora somente fazem contratos em euros.)
Muitas causas podem ser citadas para o relativo pouco espaço, que a cultura ocupa na nossa economia, uma delas é o preço. Entretanto nem a mais preponderante é, visto que muitos eventos são sucessos de público, apesar dos preços nada baratos.
Nossos filmes, nosso teatro, nossos museus, nossos livros, dentre outras manifestações culturais, excluindo as raras excessões são insucessos por:
- Dois em cada três brasileiros não entende o que lê;
- Os museus (em Salvador por exemplo) abrem das 9 as 17 durante a semana e a maioria não abre aos domingos, o zoológico abre;
- Os filmes nacionais em sua maioria são básicos, sem inovações, distantes de valores e da nossa realidade, pouco atraentes;
- Nossos "fazedores de cultura" tem aversão ao risco do negócio, não investem seus recursos, preferem os subsídios e não precisam de "clientes" para remunerar seu trabalho;
- Nossos músicos, raramente fazem shows em praças públicas;
- A pirataria de obras está em toda a parte, por preços atraentes;
Apesar de tudo isso, o cidadão que sair de casa para presenciar um evento, será atenazado por flanelinhas, assaltos e péssimos serviços.
O maior problema da nossa cultura, é ela não precisar das próprias pernas para andar, ela não precisa se pagar.
Faço um filme, escrevo um livro, monto uma peça de teatro, um show e capto recursos que os "investidores" abatem dos impostos, para o viabilizar.
Grande parte dos nossos artistas se dizem "esquerdistas", "socialistas", "progressistas" exceto, "capitalistas".
As obras são pagas antes de serem aprovadas pelo público com sucesso de público ou não.
Como se ter lucro ao se fazer arte fosse pecaminoso, condenável.
O vale cultura é uma dessas idéias que podem ser classificadas como esmola com o dinheiro dos outros, não resolve o problema, mas faz propaganda e ganha uns votinhos.
Acho que se extinguíssemos todos os apoios oficiais, haveria um certo baque inicial, mas posteriormente um consequente aumento de qualidade graças as inovações que serão apresentadas e aprovadas pelo público.
O vale cultura será devidamente desviado de suas funções idealizadas pelos nossos fazedores de cultura, como todas as benesses criadas para atender necessidades que não sabíamos que existiam.
ÍCONES
Estão
faltando ícones para nos nortear.
O
que dizer de estudantes que vão à escola armados para resolver uma divergência,
ou para se vingar de uma cara feia, uma palavra enviesada, uma discussão banal.
Líderes
populares pegos com a mão na massa em desvios e falcatruas, típicos de
principiantes.
Políticos
e lideranças que nem mais se esforçam para esconder, que fazem qualquer coisa
por um naco de poder.
Artistas
e celebridades que estão mais preocupados com sua aparência física e
performances amorosas que com a influência que suas opiniões e comportamentos
podem ter em seguidores.
Ainda
não valorizamos nossa história, nossos exemplos ancestrais, nossas conquistas e
ainda que pelo menos para não cometer os mesmos erros.
Pelas
ruas instalam-se ambulantes e toda sorte de ofícios em qualquer calçada e local
ao seu bel prazer como se isso não tivesse consequências para os outros
cidadãos.
O
trânsito nas cidades e estradas é uma aventura em parte porque cumprir regras é
uma exceção e dá a quem as cumpre a sensação de sair lesado, agravada pela
falta crônica de sinalização, fiscalização e manutenção das ruas e rodovias.
Comerciantes
acham que tem o direito de delimitar o espaço da rua em frente ao seu negócio
para que ninguém estacione.
Temos
Polícia Civil, Polícia Militar, Agentes de Trânsito e outros funcionários
públicos e raramente são vistas abordagens, ninguém quer se incomodar, não vai
dar em nada mesmo.
Reclamamos
dos preços dos alimentos, dos combustíveis, dos estacionamentos, dos péssimos
serviços públicos, da conta de luz e água, do atendimento nos supermercados e
lojas de eletrodomésticos nos programas de rádio e não nos órgãos competentes.
Gatos
de luz e água e furtos em lojas são alarmantes.
Fazemos
necessidades fisiológicas pelas ruas, descartamos resíduos pelas janelas de
nossos carros, depositamos lixo nos locais de coleta de forma inadequada, os
catadores de recicláveis rompem as poucas embalagens inteiras e animais
espalham o restante, afinal os garis ganham para isso não é?
Nossos
alunos saem das escolas sem falar português e tampouco conhecem matemática.
Ainda
assim nossos jornais, revistas e programas de televisão, tem mais espaço para futebol,
fofocas das novelas e amores dos famosos, que política, economia e educação
preponderantes para o nosso futuro.
Faltam-nos
nortes, ou pior estamos com os errados.
É
cada vez mais comum vermos menores infratores e que quando são apanhados lembram
que são menores, portanto, inimputáveis. Nem os pais ou responsáveis respondem.
Aliás,
é cada vez mais comum aparecerem vídeos, de mães agredindo desafetos de seus
filhos e ou os apoiando quando cometem delitos como agressões a professores.
Caminhões
e ônibus que sofrem panes ou acidentes têm suas cargas assaltadas antes mesmo de
aparecer o socorro e antes mesmo de se importar com os feridos. Isso tudo
envolvendo crianças, adolescentes, adultos, velhinhos e até autoridades.
Vamos
às ruas em eventos como a parada gay, marcha para Jesus, mas somos tímidos para
reclamar da corrupção, da educação paupérrima, da segurança pública de faz de
conta, da falta de compromissos de nossos governantes.
Casos
de corrupção são tratados com clemência, pois outros já fizeram isso antes.
Vândalos
arrebentam vitrines, equipamentos públicos, saqueiam lojas, agridem policiais e
clamam por direito de expressão.
Músicos
exaltam feitos de traficantes, retratam o nosso tempo com visão limitada, sem
horizontes. Dizem-se da periferia, discriminados, perseguidos sem no entanto se
aprofundar, culpando autoridades, inimigos externos.
Nunca
se faz mea culpa.
Por
certo autoridades se omitem, mas também nós não fazemos a nossa parte.
Certamente
a sociedade teria benefícios se todos estivessem preocupados em fazer o certo e
não em buscar um jeitinho fácil.
A FALTA DE MÉDICOS
Nosso governo anda mal assessorado.
Faltam
médicos sim em muitos lugares, mas também faltam leitos, enfermeiros,
medicamentos, instalações e gestão.
Administrar
é sempre gerir prioridades.
As
necessidades e desejos são sempre menores que nossas possibilidades.
Nem
sempre podemos ter as coisas que queremos ou desejamos, sempre temos menos
recursos.
Na vida
privada planejamos a aquisição de bens, nossas despesas e orçamentos,
priorizando os mais urgentes e os que não podemos prescindir.
Então
essa lógica não vale para a vida pública?
Vale e
tanto vale que as pessoas não estão mais se satisfazendo com os engodos
governamentais.
O
governo federal edita uma medida provisória, criando um programa “mais
médicos”, como panaceia para a solução de todos os problemas e lança ideias
como enxurradas.
Não
amadurece soluções, não discute, não ouve.
Determina
a todos que colaborem e crê ser o poço das soluções miraculosas.
As
soluções que o governo apresenta só postergam a verdadeira solução.
Descer
do pedestal, propor e ouvir, deveriam ser o caminho. Demoraria mais certamente,
mas seria uma solução definitiva e não temporária.
Aliás,
quem não tem muitos recursos, necessariamente tem que planejar para poder aproveitar
melhor o pouco que tem.
O
governo aparenta total despreparo para enfrentar os problemas e faz a toque de
caixa, ações que deveriam ser planejadas exaustivamente.
É perdulário na aplicação dos
recursos públicos onde prioriza os holofotes em detrimento da efetividade,
prioriza o lançamento dos projetos em detrimento da execução.
Precisa pisar no chão de vez em
quando.
Precisa entender que tudo o que
fizer, em algum momento, terá o reconhecimento e ou condenação.
Gestões sempre serão lembradas pelos
erros e acertos.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
A EDUCAÇÃO E OS 10% DO PIB.
Todos falamos em educação, na
importância que isso tem para o nosso desenvolvimento, é o assunto do momento
em qualquer discurso político, de esquerda e de direita, falamos em aumentar as
verbas para 10% do PIB, sem entretanto haver melhoras significativas na educação
dos brasileiros.
Continuamos a ser ranqueados nos
últimos lugares em quaisquer listas que se fizerem.
A educação é fundamental para o
desenvolvimento de todos os países.
Não entendemos ainda, que os países
deitados em berço esplêndido, com imensos recursos naturais, extenso
território, sem terremotos arrasadores e extremos climáticos, nada são se não
souberem aproveitar a riqueza que esses recursos podem gerar.
Ao contrário daquele discurso
“imperialismo, colonizadores, exploradores das nossas necessidades”, deveríamos
entender, que “eles” tiram vantagem, por que sabem processar e industrializar
os recursos naturais, nós no máximo sabemos extrair.
O essencial é entender que “eles” são
ricos e desenvolvidos, não pelo fato de nos explorarem, mas por agregar às
matérias primas conhecimento, tecnologia, novos usos.
A nossa escola, está tomada de
sindicalistas, que invariavelmente fazem greves, com o consequente
comprometimento do ensino.
Se é que se pode chamar de ensino,
aulas focadas em ideologias, mais que no ensino de matemática, ciências e
português, essenciais para a necessidade de compreensão do mundo no futuro.
Sindicalistas podem não ser, mas
parecem mais interessados na perpetuação do poder, que na implantação de
melhorias que pudessem contribuir com o sucesso da sua atividade e, portanto
contribuir para a excelência do ensino.
Continuaremos ter imensos recursos
naturais, a geografia nos favorece, mas continuaremos a ser “explorados”, pois
não sabemos agregar conhecimento às nossas matérias primas.
O ensino ganhou importância.
Jamais
vimos tanta necessidade de apender, de conhecer e de ser apto a se adaptar as
necessidades ampliadas em horizontes mais e mais distantes e diversos.
Se
quisermos ensino de qualidade, precisamos frear os sindicatos, implantar e
valorizar méritos, envolver as comunidades, os governos, os pais, diretores e professores.
A
questão professor é importante neste contexto, pois estamos há muito tempo
ouvindo que é uma categoria desvalorizada, insuficientemente dignificada.
Estamos
usando a escola, para apaziguamento social, para nivelamento por baixo dos
anseios e necessidades da população, treinando os futuros trabalhadores e
motores do desenvolvimento em assuntos não mesuráveis, como afeto, higiene,
valores da vida, valores sociais (ideológicos).
Não
necessitamos de uma escola inclusiva, seja lá o que isso signifique.
Necessitamos
de uma escola que ensine matemática, português e ciências.
Assuntos
que poderiam sim, melhorar nosso desenvolvimento.
O
artigo em http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/precisamos-de-educacao-diferente-de-acordo-com-a-classe-social
no site www.idebnaescola.org.br, resume o pensamento corrente no
meio:
-
“O importante dessa escola não é o Ideb, mas o fato de ser uma escola
inclusiva”, pois recebe alunos de áreas de baixa renda etc.
-
Contraria a lei que obriga as escolas fixarem em placa visível à nota do Ideb, “...
pois sua aprovação traria grande dificuldade à secretaria, que se veria atolada
de pedidos de alunos de escolas ruins querendo ir para escolas boas, e também
causaria grande estigma aos professores das escolas ruins.”.
Enquanto
existir a imagem distorcida de que a escola faz de tudo, sobra pouco tempo para
ensinar conhecimentos básicos para toda a vida.
Enquanto
a compreensão das ciências, a capacidade de compreender e interpretar textos,
com foco no aluno, não for à prioridade, não chegaremos ao primeiro mundo.
Os
governos relativizam os índices, Ideb, Pisa dentre outros, sobretudo se não
representarem exatamente os discursos que proferem.
Na
imprensa proliferam campanhas anti bulling, relatando a violência contra
professores nas escolas... mas qualidade de ensino que é bom...
Portanto
muito caminho a ser percorrido ainda teremos.
A
valorização, dignidade e reconhecimento ocorrerão, mas certamente muitos
gestores e professores precisarão mudar a forma de pensar e agir ou não terão
espaço.
Depende
sobretudo de nós, pais, avós e comunidades a pressão para não nos satisfazer por
nossos filhos, estarem na escola.
Os
alunos precisam estar na escola para aprender a serem capazes de produzir
conhecimentos e evoluírem e não para não estarem na rua e aprender coisas que
“não devem”.
SENHOR PREFEITO ACM NETO
Acreditei e ainda acho que dos
candidatos apresentados o senhor despontou como promessa de sem ter um discurso
populista, ser popular. Sem experiência,
ser sensato.
Enfatizo, ainda acho.
No entanto a nossa cidade, não
nasci baiano, mas estou aqui há 12 anos, precisa de ações que não dependem só
do senhor, mas também do envolvimento de todos os soteropolitanos, ou pelo
menos, da maioria.
Claro. Alguém tem que capitanear.
Eu não creio que seja possível,
em pouco tempo, mudar a cultura que temos arraigada cujo principal comportamento
é não assumir nossa parte, mesmo quando os maiores beneficiários somos nós.
Jogamos lixo pelas janelas dos
veículos, jogamos na calçada, praias. Fazemos necessidades fisiológicas em
qualquer lugar.
As calçadas quando existem estão
tomadas de ambulantes, carros, obstáculos diversos.
Achamos que alguém tem que
resolver.
Para ficar claro, venho de uma
família de agricultores.
Meu avô tinha por hábito limpar
os bueiros, valetas e roçava as margens das estradas vicinais que passavam pela
sua propriedade sem nunca cobrar da prefeitura pelo trabalho. Ele era
beneficiado pela conservação da estrada e como os vizinhos também faziam isso,
todos tinham estradas, relativamente transitáveis. Evidente que algumas obras
exigiam máquinas, novos traçados... Aí então, a prefeitura entrava.
Moro na Ladeira do Desterro, em
Nazaré.
Diariamente, circulo pela região
da Fonte Nova, Campo da Pólvora e Joana Angélica.
Passamos por obras, iniciadas em
meados de 2012 e estão se estendendo até hoje, nas calçadas, que acredito
visavam mobilidade urbana, pois tem sinalização para deficientes visuais,
acessos para cadeirantes.
Mas prefeito, essas obras carecem
de término, detalhes que infernizam nossa vida.
Os restos da construção ficam
largados em montinhos que a chuva e vento se encarregam de espalhar, as
sarjetas por onde a água devia escorrer, não foram terminadas, os acessos para
cadeirantes e sinalização para deficientes visuais, terminam em obstáculos
(água acumulada, buracos ou desníveis instransponíveis), não daria para exigir
das empresas a finalização?
Acho que podemos estender para a
cidade toda.
Muito comuns são as calçadas
irregulares, exigindo que os pedestres disputem espaços com os carros nas ruas,
não dá para fazer um decreto, com prazo para os proprietários regularizarem?
Casas e marquises despejam a água
diretamente nos pedestres. Não se pode determinar que estendam os canos de
esgotamento até a sarjeta?
A colocação do lixo para a coleta
é feita de forma irregular e aleatoriamente, é comum vermos gente e animais
revolvendo e arrebentando as frágeis embalagens, espalhando lixo, aumentando o
trabalho dos garis e recolhedores nos caminhões da coleta de lixo.
Será que uma campanha bem feita,
algumas multas, alguns containers, incentivos a coleta seletiva não resolveria
a maior parte do lixo espalhado?
Minha mãe vive numa cidade com
200 mil habitantes em Santa Catarina, o lixo não reciclável é recolhido pela
prefeitura, uma vez por semana nos bairros, no centro duas ou três vezes. O
lixo reciclável é recolhido por membros de cooperativas de reciclagem. Não há
lixo nas ruas.
Os funcionários de prefeitura,
que cuidam das podas de gramados e retiram as plantas das calçadas, poderiam
recolher os resíduos gerados. Por que ficam acumulados, sem o recolhimento
imediato, entupindo nossas sarjetas, bocas de lobo e calçadas?
Impossível aceitar que a Av.
Mario Leal Ferreira, seja varrida manualmente somente. Existem máquinas
apropriadas, fariam de madrugada, sem risco para o gari, que seria alocado para
outro local, onde a máquina não poderia atuar.
Estive por 15 dias na Cidade do
México em turismo, plana, sem rios.
Não tem cheiro de esgoto, não há
água acumuladas nas ruas, não há lixo no chão e nem caixa coletoras nos postes,
não há banheiros fora dos edifícios e praças (públicos ou privados) e nem gente
fazendo necessidades fisiológicas em qualquer lugar.
O revestimento das ruas e
calçadas é praticamente perfeito.
Os garis recolhem folhas de
árvores, muitas árvores.
O transporte público tem metrô,
trem, ônibus, micro-ônibus, táxis e o metrobus um ônibus para 160 passageiros,
todo automatizado, cartão magnético, estações protegidas, vias exclusivs. Você
coloca o dinheiro, cartão magnético (crédito ou débito), retira outro cartão
com o valor que você inseriu, passa por uma roleta com leitor magnético e
pronto. O custo desta viagem equivale a R$ 1,00 (se você tiver que comprar o
cartão pagará mais R$ 1,00).
Não tivemos dificuldade de usar o
sistema, sem ser fluente em espanhol e sem auxílios mais agudos. Aqui em
Salvador, eu tenho dificuldades de usar ônibus, imagine um estrangeiro.
Abundam informações turísticas e
nas esquinas mais movimentadas, botões de emergência. (polícia, médica...
aperta o botão e fala com um atendente).
O único senão, é a poluição
atmosférica, problema que não temos.
Creio que a parte burocrática não
deva ocupar muito do seu tempo, mas o estabelecimento de metas e prioridades
sim.
Cuidar das praças, canteiros,
árvores e jardins e da aparência de modo geral, cria nas pessoas um pouco de
responsabilidade de conservação, provado pela teoria da janela quebrada.
Essas medidas custariam pouco aos
cofres públicos e criariam uma sinergia entre empresas e cidadãos, entes
públicos e privados que seguramente aumentaria num circulo virtuoso, na medida
em que os resultados começassem a ser notados.
Algumas medidas não seriam
simpáticas, mas quais as lembranças dos primeiros anos de escola nos marcaram?
As aulas de mestres que mais nos davam liberdade ou dos que mais nos ensinaram,
portanto nos disciplinavam?
É a chance de fazer a diferença,
na cidade que nossas famílias irão crescer.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
PERDA DE VALORES SOCIAIS – IGREJAS E ESCOLAS
Houve
um tempo, não muito distante, na minha infância, com bastiões morais e locais
sagrados intocáveis.
Na minha infância desrespeito a
professores, padres, escolas, igrejas e outros equipamentos públicos eram
punidos exemplarmente com a execração comunitária dos autores e todos temiam as
consequências de tais provas de falta de civilização.
Normalmente as comunidades se
responsabilizavam pela manutenção e limpeza de seus templos, praças, escolas em
mutirões convocados para isso.
Claro nasci e cresci numa comunidade
rural, onde todos se conheciam e conviviam, numa grande cidade como Salvador,
isto é um pouco mais difícil, mas não é impossível.
Nesta
semana, apareceu nos jornais uma estatística assustadora. Em todas as escolas
estaduais, situadas em Salvador (BA), existem casos de ocorrências policiais e
muitas vezes, professores e outras vítimas sãos aconselhadas pelas respectivas
direções a não relatar as ocorrências às autoridades, para evitar que a escola
seja visada.
Acredito estarmos numa encruzilhada.
Um caminho aponta para mais do mesmo,
aumentar muros, rondas policiais, aumento de vigilância.
Outra opção que acredito ser a solução
é envolver a comunidade, autoridades, pais e professores.
Resgatar a autoestima dos professores,
também deve ser um objetivo.
Esta autoestima lapidada permitirá que
os mestres voltem a sê-lo.
Não serão amiguinhos, bonzinhos. Serão
autoridades.
Serão autoridades reconhecidas pelos
seus alunos, imporão disciplina, estarão qualificados e estimulados e
comprometidos com os resultados dos seus alunos.
Aliás, autoridades sempre são de dois
tipos: As instituídas e as reconhecidas.
O melhor dos mundos é quando a
autoridade instituída é também reconhecida.
As autoridades instituídas, se também
forem reconhecidas, são motivadoras, inspiradoras e aceleram a evolução que
almejamos, pois estimulam e inspiram.
Ensinam os caminhos.
O respeito a valores morais e sociais
que nossas igrejas, escolas, padres e professores representam, juntamente com
instrumentos e aparelhos públicos como os ônibus e praças, são proporcionais ao
respeito que temos por nossas autoridades morais, nossos instrutores e até elas
nossas autoridades constituídas.
A nossa falta de perspectivas com o
nosso futuro, a falta de quem nos espelhar, a falta de punições exemplares, nos
remetem a tempos de vale tudo e da lei do mais forte.
Devemos dar um basta nisso, ou
estaremos a caminho da nossa destruição como sociedade e onde sobrarão dores e perdas.
terça-feira, 9 de abril de 2013
VIAJE MAIS PRESIDENTE
Infelizmente esse conselho é dado pelo presidente da
Odebrecht. http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/1258560-marcelo-odebrecht-viaje-mais-presidente.shtml
Nada errado quando o “prestígio” do ex-presidente Lula, seja
“comprado” no interesse legítimo que as empresas tem de crescer e prosperar.
No entanto, não é compreensível explicar e justificar com
veemência um fato perfeito e claro, nem é possível ficar sem imaginar horrores,
quando países alvos das visitas de Lula e interesses comerciais da Odebrecht,
como Angola e Cuba recebem verbas do BNDES, carimbadas como secretas pelo
ministério do desenvolvimento.
Essa forma de governar onde o público (estado) / privado
(empresas amigas e governantes) constantemente se confundem, seguramente os
discursos raramente declaram suas intenções.
sexta-feira, 22 de março de 2013
ONDE ESTÁ A VERDADE
Não sei o que está acontecendo.
Não gosto dos conchavos que se arrumam, sobretudo os da América, abaixo do equador.
Imediatamente alinhados, Brasil, Argentina, Equador, Paraguai, Bolívia e Venezuela.
Não por interesses econômicos, geográficos e para o desenvolvimento comum dos seus cidadãos, mas para a supremacia e autopromoção de seus "salvadores da pátria", invariavelmente populistas sem muitos pudores quando se trata de defender seus interesses pessoais comuns, a perpetuação no poder.
Tudo vale para o fim, não existem coerências, limites morais e princípios éticos. São adaptados aos sabores das necessidades de ações para o objetivo.
As favas os discursos, eles só servem para coletar apoios e portanto sempre são adaptados as plateias, geralmente militantes pagos para garantirem aplausos e coibirem protestos.
A manutenção dos apoios é um pouco mais onerosa. Implica necessariamente aparelhamento de estado, propaganda de promoção própria e de aliados, acesso a fatias de verbas públicas (sob a desculpa da governabilidade) e escândalos que produzem eventuais crucificados pela causa, necessários para servir de anteparo para os tropeções dos salvadores.
Onde estão a classe artística e a classe intelectual, históricos defensores da "esquerda progressista"? Que não denuncia os desvios, maracutaias e enganações (satisfeita, cooptada?).
Os interesses que movem esses progressistas alinhados, não são os dos seus cidadãos, mas seus interesses pessoais.
Para a defesa dessas idéias vale tudo, exceto respeito a lei.
Se as promessas não deram certo, é porque "eles" nos boicotaram e não porque nós erramos ou fomos incompetentes.
Não gosto dos conchavos que se arrumam, sobretudo os da América, abaixo do equador.
Imediatamente alinhados, Brasil, Argentina, Equador, Paraguai, Bolívia e Venezuela.
Não por interesses econômicos, geográficos e para o desenvolvimento comum dos seus cidadãos, mas para a supremacia e autopromoção de seus "salvadores da pátria", invariavelmente populistas sem muitos pudores quando se trata de defender seus interesses pessoais comuns, a perpetuação no poder.
Tudo vale para o fim, não existem coerências, limites morais e princípios éticos. São adaptados aos sabores das necessidades de ações para o objetivo.
As favas os discursos, eles só servem para coletar apoios e portanto sempre são adaptados as plateias, geralmente militantes pagos para garantirem aplausos e coibirem protestos.
A manutenção dos apoios é um pouco mais onerosa. Implica necessariamente aparelhamento de estado, propaganda de promoção própria e de aliados, acesso a fatias de verbas públicas (sob a desculpa da governabilidade) e escândalos que produzem eventuais crucificados pela causa, necessários para servir de anteparo para os tropeções dos salvadores.
Onde estão a classe artística e a classe intelectual, históricos defensores da "esquerda progressista"? Que não denuncia os desvios, maracutaias e enganações (satisfeita, cooptada?).
Os interesses que movem esses progressistas alinhados, não são os dos seus cidadãos, mas seus interesses pessoais.
Para a defesa dessas idéias vale tudo, exceto respeito a lei.
Se as promessas não deram certo, é porque "eles" nos boicotaram e não porque nós erramos ou fomos incompetentes.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
SIMPATIA E CIVILIDADE
Confundimos basicamente civilidade
com simpatia.
Ser simpático é desejável, embora nem
sempre seja possível.
Ser
civilizado é sempre possível.
Costumamos
exigir simpatia dos famosos, dos políticos, das autoridades.
Não
costumamos exigir a civilidade.
Ser simpático
é muito fácil, sorrir solto, dizer o que querem ouvir e pronto. Somos uma
simpatia.
A civilidade
exige mais, exige que tenhamos em mente, o que é certo, o adequado, o
necessário, pode não ser o mais agradável, mas é o que tem os resultados mais
proveitosos.
Para ser
simpático, não cobramos os nossos direitos e por comodidade muitas vezes
toleramos e infringimos normas que com o tempo causam erosão das bases do que
se propõe proteger (amizades, convivências).
Nas
autoridades, acaba sendo irônico o procedimento, pois tem a delegação e a
incumbência legal de tomar as decisões necessárias e às vezes não às toma por
serem pouco simpáticas a parte do seu eleitorado mais estridente.
Autoridades
são especialmente sensíveis às questões sociais, e especialmente lenientes
quando se trata da exigência do cumprimento de leis pela parte da população
“mais carente”, como nos casos de invasões de áreas, ocupações irregulares,
informalidade.
Procedimentos
que no longo prazo prejudicam mais “os mais carentes”, que embora com um
investimento financeiro, de tempo, de preparação maior inicial, não precisariam
consertar os problemas mais tarde, não raro, após tragédias.
Deveria ser
possível responsabilizar as autoridades por omissões simpáticas, como quando ao
não coibir uma invasão, uma construção em área de risco a abertura de um
negócio sem os devidos respeitos a legislação, sobrecarregam a sociedade.
Criminosos
cometem atrocidades geralmente impulsionados não pela necessidade de
sobrevivência, mas pela conveniência, pela escolha de um modo de vida.
O camelô, o
flanelinha, o vendedor de lugares na fila, os cambistas, os comerciantes legais,
os investidores na bolsa de valores, os investimentos imobiliários, dentre
outros, todos o fazem com o objetivo de lucro.
A diferença é
que algumas ações são legais, outras não são.
Inconsequentemente
muitas vezes permitimos, toleramos e tentamos justificar com um bordão como: é
preferível um ambulante que um assaltante, oras quem não haveria de preferir?
O fato é que ser
simpático evita os necessários conflitos que impulsionam a evolução.
A civilidade
permite que os pontos de vista diversos sejam expostos, gerando os conflitos
que permitirão uma solução evolutiva progressiva e não caótica e de
conveniências, onde as pessoas quase sempre se portam como uma manada que
estoura ao menor sinal de problema, sem ter a noção de que as pessoas atingidas
também são as causadoras dos próprios problemas.
Preocupamos-nos
mais com a repercussão de discussões estéreis de fatos criados e propagados
pelos meios midiáticos que com os reais dos quais somos parte.
Ser simpático
é isso, estar mais preocupado com o que o famoso comeu, quem está namorando,
com a roupa que usa, que com a relevância que isso tem para o nosso dia a dia.
Ser civilizado
é ver a mesma notícia, mas ver que ela pouco ou nada acresce à nossa vida e
voltar a ver o dia a dia, com os desvios de recursos, a falta de serviços
públicos de qualidade e a falta de civilidade, oneram demais algumas pessoas
que por caráter ou formação, não se conforma e tenta remover os obstáculos e os
inertes.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
MINHA CASA, MINHA VIDA
Não tenho nenhum interesse especial, nem faço estudos aprofundados sobre o assunto.
Opino sobre o que vejo pela imprensa e o que sei de ver os fatos gritantes nos ambientes onde vivo e passeio (conheço bem o centro de São Paulo, do Rio e de Salvador).
Os bairros do centro das metrópoles, são abandonados.
Se a cidade é histórica como é o caso de Salvador, na Bahia, abrigam casarões e prédios históricos que são tombados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Desconheço as leis pelas quais esses prédios devem permanecer a mercê do tempo, escorados para não cair sobre os pedestres e carros.
Uso a lógica.
O Minha Casa, Minha Vida parece um projeto bem intencionado e no conceito serve para todos, pois gera empregos na construção civil, atende os mais necessitados dando acesso à moradia e envolve a Prefeitura Municipal, o Governo Nacional e empresários.
É claro podem haver enganos e pessoas mal intencionadas. No entanto, parece que neste caso, todos perdemos em prol de interesses inconfessáveis, que estão em todas as obras, de alguns.
Ganham os empresários que lucram sem riscos, ganham os políticos que fazem proselitismo e ganham eleições, ganham corruptos que facilitam acesso, revendem e etc...
Só não ganha quem realmente precisa, o que não tem uma casa decente.
O Minha Casa, Minha Vida fere a lógica, quando ergue moradias longe de qualquer infra-estrutura, exigindo do município uma contrapartida em vias de acesso, postos de saúde, segurança, meios de transporte e condena os futuros moradores aos infindáveis deslocamentos para qualquer serviço que necessitarem.
Fere a lógica também quando, deixa os imóveis tombados no centro serem consumidos pelo tempo e servirem de abrigo a toda sorte de delinquentes e animais, depósitos de lixo, entulhos.
Esses imóveis poderiam ser restaurados em suas fachadas e adaptados em seus interiores, para acomodar projetos menores, aproveitando toda a infra- estrutura existente, sem maiores dispêndios. De quebra ainda teríamos, os centros ocupados, mais seguros, exigindo menores deslocamentos e impactando menos no trânsito. Por que não se faz?
Só posso imaginar que os interesses não sejam os benefícios sociais, mas é mais uma forma de recursos públicos serem transferidos para bolsos privados ou estão mais interessados nos próprios interesses e menos no Brasil que dizem defender.
domingo, 6 de janeiro de 2013
OS NOVOS PREFEITOS - OS PARADIGMAS
Os novos gestores, sobretudo
os de primeiro mandato, reportam nos mais diferentes rincões,
problemas de toda ordem.
Naturalmente,
faltarão recursos para suprir todas as necessidades, é normal.
Aliás, administrar é gerir e priorizar
as necessidades de modo que com menos recursos se possa conseguir os melhores
resultados, levando em conta diversas características específicas de cada situação.
Entretanto
algumas medidas se revelam gerais:
Coleta e administração de lixo, esgotamento sanitário e
resíduo;
Respeito às normas de trânsito e
acessibilidade;
Convivência (lei do silêncio, manifestações)
e ocupações irregulares;
Melhoria na educação, sobretudo
na qualidade do ensino básico.
Acredito
que apenas excepcionalmente haja necessidade de dispender mais recursos que os
já aplicados nos respectivos orçamentos.
Fala-se muito em sustentabilidade, reciclagem,
custo-benefício. Falta mesmo é ter uma idéia do que se quer dizer e aplicar na
prática.
Acho também que prefeitos, não
precisam ser simpáticos, que a maioria de nós confunde com urbanidade e
civilidade.
Algumas medidas
que são obrigação da prefeitura, como fiscalização e
normatização tem de ser eficientes e não simpáticas,
visam o bem comum.
A
simpatia, a necessidade de agradar com ações paternalistas, tem por resultado
empurrar a solução para longo prazo, maquiando as causas.
É tomar analgésico, quando se
deveria tratar a causa.
Temos
que ter em mente, que assim como direitos, também temos deveres, vivemos em
sociedades complexas, interagimos.
As interações humanas dependem basicamente da importância
que damos a elas e não de normas exaradas em profusão, para todos os eventos.
Portanto, os prefeitos
só serão bem sucedidos, se fizerem um
pacto com a sociedade, envolvendo-a, fazendo cada cidadão descartar o lixo de
forma adequada, não estacionando nas calçadas, em filas duplas, conservando
suas calcadas, não construindo suas casas em áreas perigosas, juntar-se com a
escola na educação do seu filho.
Se a prefeitura e cada cidadão
também fizerem sua parte, atingiremos outro estágio na civilização e bem estar.
Vencemos um paradigma do estado provedor e não mais aceitaremos
gestores medianos.
Exigiremos os melhores e
evoluiremos.
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